quarta-feira, 22 de julho de 2009

LULA, COLLOR E SANEY E OS CONCÍLIOS DA IPB


A IGREJA INTERPENETRADA PELO MUNDO.
TENTATIVAS DE ENSAIOS SOBRE A QUARTA ÊNFASE DO SER REFORMADO/2.
REFLEXÕES DIÁRIAS.
Tempo estranho em que vivemos, no mundo e na igreja. Não acham? No mundo juntam-se Lula, Collor e Sarney numa aliança que todo o Brasil tem a perder. Com gente pouco se lixando para opinião pública. Na igreja “uns” celebram alianças com “aqueles”, brindados pela incompetência da má interpretação bíblica, teológica e constitucional. O Inimigo dá o presente, monta o rancho e chama toda a súcia para assentar-se à mesa e conduzir os trabalhos, como numa grande cama king size em que quase tudo se dá por debaixo dos panos. Os relapsos, coniventes, inocentes úteis, de má ou boa fé, são os padrinhos. Quem paga o biscoito é o povo crente que com seu esforço mantém o corpo... E o câncer no corpo que o corrói e o mata.
Lembro-me do meu pé de limão siciliano. A enforcadeira ataca por cima, pulgões as folhas, a seca inclemente suga a umidade, os cupins do monte, as raízes; a broca sem piedade corrói... E o broto ladrão oportunista inventa de sobressair, aproveitar a chance, “chegou a minha vez”. Até o “galho seco” festeja “quero seiva, a seiva... voltou a minha vez”. Até tu galho seco empedernido? E ai vem o agricultor desavisado com uma lata de óleo combustível queimado e acha o buraco da broca e mete ali o óleo queimado que é sugado pela planta no seu afã de sobreviver. Deu pra ti pobre pé de limão siciliano!
Seria triste o destino que poderia marcar a igreja institucional se realmente seguisse o caminho do mundo, como obrigação.
Esses dias eu ouvi pela Rádio CBN, uma fala do Flávio Gikovati que realmente fez sentido. Alguém lhe reportava uns desejos estranhos, digamos, "homoafetivos", que não gostava cumprir. Desejos que quando cumpridos lhe causavam terrível dor e desconforto. Ao responder-lhe o psicanalista lhe lembrou que desejo é desejo e não uma obrigação. “E se realmente algo vai lhe fazer mal, simplesmente diga não ao desejo".
Daí eu dizer que a Igreja pode até ter desejo de seguir o mundo, mas nunca pode ficar na obrigação de fazê-lo. Quando se tem obrigação de cumpri um desejo, já não é um desejo, é vício. É a submissão ao império dos desejos. Desejos das trevas. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. Colossenses 1:13.
No entanto, é isso que afirmam que ocorre. Quando havia ditadura no mundo a igreja vivia numa ditadura, quando caiu a ditadura e veio a democracia, com ela toda sorte malefícios, a igreja também andou na onda dos desmandos.
È lógico que no tocante à IPB isso é uma infeliz má representação. O tempo do saudoso e controvertido Rev Boanerges Ribeiro não era de ditadura, pois ele foi eleito, cumpria mandatos renovados dentro da Constituição da Igreja. Mas é certo que tal como o mundo lá fora se vivia a onda de autoritarismo. Este reinava na igreja que não conseguia, tal como não consegue hoje, ser diferente. O mundo lá fora cultivava e demonstra gosto pelo autoritarismo, então sejamos brutais autoritários dentro de nossos arraiais.
Mas, se a onda hoje é reunir os inimigos pessoais e políticos do passado, acusados reciprocamente e sistematicamente de pilantragem, num saco de gatos, a igreja fica na obrigação de seguir o mesmo diapasão? Que interesses escusos pessoais podem abrigar no bojo de um mistura tão indigesta? Isso é triste.
Falta o que? Falta levar o Evangelho a sério em termos de conduta pessoal, limpa, coerente. Falta encarar a quarta ênfase do ser reformado. Referência ao desafio que Felipe fez a Natanael, quando dando apenas um pouco mais de explicações acerca de Jesus, tratou logo de convidá-lo a vir ver por si mesmo, o que Ele fez e faz. (Jo.1:45-46).”Vem e vê!”
O desafio de Felipe a Natanael não é para vim e ver shows com grupo de louvor pago a músicos profissionais. Não é para vim e ver verdadeiros milagres de impostura. Não é para vim e ver esperança de alcançar campo ministerial estável, boa condição financeira, dinheiro juntado a rodo e dando em árvores para pagar polpudas indenizações por pseudas injustiças cometidas. Não é para vim e ver auto elogios de que “quando estivemos em tal lugar fizemos isso ou aquilo” para a sua honra humana e pessoal e desprezo a companheiros ressaltando quão negligentes e incapazes são os que zelam pelo bom crescimento ordeiro para a Igreja de Deus. É para vim e ver mudança de vida que faz a Igreja simplesmente destoar do mundo.

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